quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O som do grito


Escutei a história de um desconhecido - essa não foi à primeira vez, mas só hoje descobri que a única solução é escutá-lo. Não importa o que eu sinto, o que eu penso e muito menos o que desejo. Só não concordo com a obrigatoriedade dos fatos; ou seria com a gravidade da situação?
- Eis minha conversa com o ser humano:

O taxista não sofria de mal algum, seu táxi não fedia e sua aparência estava biologicamente perfeita. Todo seu discurso expressava a dor de alguém próximo, era sua esposa que sofria de uma enfermidade grave – O câncer obrigara os médicos a retirarem seu intestino, porém de nada adiantou. Já se manifestara por todo seu corpo. Na ocasião o motorista exclamava sobre o taxímetro que não marcava, reclamava da alta nos preços dos remédios e das constantes doses para aliviar a dor da senhora.

Dentro desse assunto ele soltava argumentos menos penosos, relatando a existência de três filhas, onde uma delas havia sido adotada. Ele se resguardava para aquelas crianças – isso era claro, observei toda sua emoção ao dizer "meu coração Nana". Encontrei também alguns assuntos mais amenos, como: os bichos colados no painel do carro eram os brinquedos da própria Nana. Com grande orgulho, ele me falou de quando e como colara aquilo – Nana adorava bichos, seu antigo sonho de conhecer o zoológico, e também, dos cachorros no quintal que se transformavam em verdadeiros cavalos galopados pela pequena criança.

Saí do carro em frente à faculdade, agradeci ao colega de trabalho pela companhia e cheguei há tempo para escrever esse relato...sonhando com um futuro repleto de esperanças!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Diferente, criativo, solidário e ecológico

Na falta de bom senso, alguns são obrigados a mudarem conscientemente o rumo das histórias:
O empresário alemão, Rolf Glaser, têve a genial iniciativa de investir no potencial turístico da comunidade do Vidigal. Afim de gerar renda financeira, Rolf mudaria a visão das políticas social, econômica e turística, antes aplicadas nas favelas cariocas. Ou seja, ao invés de assassinar bandidos, ou negociar um arrego para dar continuidade ao tráfico, Glaser acabará com a soberania dos traficantes de drogas. Sua intenção seria buscar os moradores como grandes aliados dentro da favela - Afim de todos perceberem os benefícios reais dessa ideia!
Segundo o próprio afirmou em entrevista concedida recentemente à revista do Globo, para concretizar esse projeto, seria necessário um "banho de loja", capaz de transformar a região em pólo desenvolvido urbano.
-No início, era apenas uma organização não governamental (Ong), Vidigal Feliz - Ong voltada para resgatar a cidadania. Agora, transformará a comunidade local, servindo de exemplo para a iniciativa privada, ou principalmente, para os políticos desse país!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Influências Populares Brasileiras


O que há de mal em relançar o tradicional? Afinal, se partimos do histórico para traçar algo novo, devemos sempre resgatar aquilo que certamente funciona! Não quero ser cliché, mas recrimino a falta de assunto que alguns julgam ser normal, ou no caso da vida, seria a falta do próprio sentido - Sem citar exemplos, determino único o sentimento de satisfação...


Quando se escuta uma boa canção, obviamente será um grande sucesso de seu tempo - Você não é obrigado a gostar, mas a partir do momento que escuta tem por direito conhecê-la; do contrário seria desprezo inimaginável ao artista, principalmente quando ele está morto e enterrado. No meu caso, os músicos são nacionais e escuto as regravações das famosas músicas populares brasileiras. São artistas como: Adoniran Barbosa, Antonio Carlos Jobim, Elis Regina, Ernesto Nazareth, Clara Nunes, Moreira Silva, Pixinguinha, Radamés Gnattali, Severino Araújo, Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga, Vinícius de Moraes, Elizeth Cardoso, Elza Soares, Dorival Caymmi, Alcides Gerardi, dentre outros que ainda não descobri.


No Carnaval percebo o quanto nossa cultura popular é valiosa e preciosa. Pois se todos sabem as letras, e por isso, cantam e repetem há mais de 30, 40, até 50 anos. Não é à toa que as novas gerações devem por obrigação mantê-las tradicionalmente populares, visando transmitir seus pontos de vistas - suas metamorfoses nos compassos dessas criações...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Como criar um assunto na semana?


O caso é o seguinte:

Uma grife italiana lança uma nova campanha de roupas femininas, no lançamento divulgam fotografias abusivas defronte as próprias mulheres e ofensivas contra o Rio.
– Mas calma aí, como nosso país foi parar no imaginário popular da sociedade Italiana? Só o governador Cabráulio para entender esse fato... Quando certas imagens se transformam em piadas nacionais, a situação é pior do que se pensava!

Utilizar a fama da polícia militar carioca para estampar a campanha, não é nenhum problema, se antes fosse previamente autorizada pela entidade pública para fins comerciais. Não satisfeito, transformaram os policiais em cúmplices do abuso de poder, numa abordagem forte e sinuosa das modelos italianas. A cara revela – “Nesse angu tem caroço”. Não vale a pena divulgar a marca responsável pela discrepância, mas desmascaro uma total irresponsabilidade frente ao povo brasileiro.

E o governador Sérgio Cabral Filho? Após ver seu depoimento no site do Globo Online, dia 02/02/2009: “Acho uma tolice ficar polemizando com isso. Acho que uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro, uma cidade cosmopolita... Que bom estão falando do Rio”.

Se ele concorda e apóia essa iniciativa, acredito ser perigoso apoiar suas políticas públicas...