terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Bombas e centenas de inocentes carbonizados, fecham o ano da discórdia religiosa, política, social, econômica...2008

Estava hj a passar motorizado pela praia de botafogo, quando, lentamente em função do sinal vermelho, observo à minha direita uma cena curiosa. Vejo um policial militar (desses com novo uniforme) e mais um grupo de moradores de rua. Um deles andava de um lado para o outro, enquanto retrucava os sermões do próprio militar, continuo prestando atenção ao grupo. Reparando bem, há um corpo extendido no chão, com as pernas expostas e o resto do tronco cobertos por uma capa plastica escura. A cena estava clara e tudo muito objetivo, tratava-se dos amigos ou conhecidos da vítima, dando explicações ao policial sobre a ocorrência.
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Eu relembrei esse episódio lamentável, por que é exatamente assim como comparo a Guerra da Palestina contra Israel em busca da "Terra Sagrada" - O policial representa Israel, com todo seu estratégico poder militar; O grupo de indigentes simbolizam todo o povo Palestino, em busca de alguma visibilidade social, lutando por pouco em meio ao nada. E o homem extendido no chão, morto, coberto pelo saco de lixo, seria o único resultado óbvio para ambos os lados: apenas a escuridão encobrindo a verdade por trás de tantas mortes (ou aquela morte).
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A história de Israel e sua própria destruição, confudem-se com a criação de uma pequena nação chamada, Palestina. Há mais de 60 anos o conflito é levado a sério pelos mortos e sobreviventes, dentre outras conquistas territoriais e mudanças geográficas do território judaico. Essas são batalhas características de um povo culturamente rico, porém inconsequentemente movidos por princípios baixos. Minha revolta não justifica nenhum dos envolvidos, estou apenas crucificando a ambos diante de tamanha insensibilidade humana!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

sábado, 20 de dezembro de 2008

Guerra Urbana no Rio de Janeiro

Sobre a ação policial dessa semana no complexo do Alemão, próximo a Linha Vermelha. Um tiroteio contra traficantes resultou na morte de uma inocente, por bala perdida, e de outros de três rapazes, supostos envolvidos com o tráfico. O que não é novidade, tratando-se da rotina nos noticiários. – Quanto aos princípios do governador do Rio e Janeiro, ou do secretário de Segurança do Estado, vou repetir o óbvio, pois é inevitável relembrar do correto e justo.

A polícia ataca os desprevenidos e desencoraja aqueles mais necessitados. Há sim de se retirar esses bandidos de dentro das comunidades, porém, porque não começar de outra forma? Afinal, todos são sobreviventes diários nessa guerra, e de qualquer lado, existem apenas vítimas de um sistema sanguinário e autoritário. Sei que é mais fácil fingir não ver, escutar ou apenas ficar calado quando uma tragédia dessas acontece - Mas não é, por que a polícia deseja o poder do Estado, esse mesmo desiste da honra e ocasiona um extermínio desproporcional. É vontade de se entregar para o mais fácil, ou um vício mortal de drogado. Mostrar à sociedade uma policia presente, forte e bem estruturada, apesar dessas atuações atentarem para uma polícia omissa, desorganizada e despreparada.

Parte dos Políticos

Só educação (ou aprendizado) abrangente previne alguns casos de ignorância precoce, nisso, encaixam-se aqueles que descobrem os verdadeiros valores e buscam acima de tudo, manter uma consciência limpa. Tornando pessoas inocentes em civis trabalhadores e chefes de família (se possível). Garantir a qualidade de vida não é a obrigação do poder público. Não é oportunidade ou privilégio exercer o livre arbítrio - Mas temos esse direito. Por que conseguir um lugar seguro e bom para se morar é questão das opções, uma conseqüência das escolhas. E infelizmente, aqueles que mais se esforçam não conseguem tudo que desejam. – Nada é perfeito. Por que se manter acordado é fácil, o difícil é ser velho, subir escadarias, carregar peso e sobreviver só mais um dia nesse mundo. Ou dormir com a cabeça tranqüila, reflexo daquilo tudo que pode ser feito, do possível dever cumprido.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Seja de fé, seja capaz

Do homem fez-se a conquista maior,
a única diante do mundo.
Dessas que não poderiamos nunca comparar,
pois sua garra foi unânime, incontestável.

-É a superfície mais alta,
o andar elevado próximo ao céu.
Um desejo interno de ganhar

Dentre suas vontades, o reforço está claro.
Logo ali, à frente dos olhos. Só hipocrisia...

Quando alguém desiste, outros perdem junto,
aqueles menos considerados, então, perderão tudo.
Essa lei de nada vale... pois acabou a ilusão.

Não se deixe entornar um copo já tombado,
levante-o enquanto ainda há tempo.
- O repentino se transforma e nunca mais será igual.

Pra que desistir e deixar-se levar? (Por que a vontade pode sumir)
Somos homens acima dessa força descomunal!
Cada sentido torna esse rumo em novas oportunidades.

De viver uma paixão!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Os Heróis

Aos voluntários, doadores e profissionais,



Àqueles que trabalham na frente da tragédia, buscando resgatar a cidadania dos infortunados. Só serão restaurados através de atos solidários, o que antes estava esquecido. Por uma desolação capaz de gerar esforços incontroláveis ao homem - nada ocasional, se comparado aos sentimentos humanos.

São todos homens virtuosos, pois buscam além da simplicidade, chegar numa terra desconhecida e nela desfrutar das pessoas que dela fazem parte. Suas vontades e desejos são inesperados, apesar de simplesmente se fazer o que se deve. Um plano quando detalhado, evita maiores imprevistos – São tantas coisas erradas, que mais uma infelicidade seria demais... Mesmo orgulhoso do resultado dessa profecia, digo satisfeito sobre o prazer em estar com uma causa ganha. Graças à ajuda privilegiada da bondade!

Uma constituição dividida entre nichos de mobilizações sociais a fim de ajudarem as vítimas. Nisso alguns estados brasileiros se superaram, alguns acharam motivos para juntos explanarem o espírito humano. As atenções voltadas para o noticiário influenciaram na sensibilidade geral, do contrário, como se importariam com Santa Catarina? Mas a união fez a força; esse ditado diz respeito à comoção pública e nesse caso uma verdadeira demonstração de atos genuínos, sublimes, sinceros objetos de doação. Não existem adjetivos para defini-los, apenas orações de admiração. Algumas previsões poderiam ser feitas, descartando a própria tragédia, era óbvio que a mídia bombardearia o noticiário de imagens colossais, esperando proporcional reação do telespectador.

Quero agradecer por todos que trabalharam pela justiça. Tendo em vista a necessidade das vítimas, Santa Catarina precisou dessa força heróica diante da superação. Sejam quais for a razão, ou a conseqüência, o mais importante é à proporção que a resposta teve na sociedade. Uma clara comprovação de garra e apoio para com os sobreviventes.
Sob culpa do governo, outras palavras...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Aos Heróis (parte 1)

Uma grande satisfação tomou conta de mim – É algo espirituoso. Porém fico mais feliz, quando descubro que esse espírito é contagiante e, a partir de um fato, multiplicasse por entre a sociedade brasileira. Não como um todo, por assim dizer, mas especifico em relação à população carioca, mineira e paulista. Falo sobre a tragédia que abalou Santa Catarina, também daquela comoção pública resultado das quantidades de doações (alimentos, roupas e objetos de higiene pessoal), direcionadas para os desabrigados das cidades atingidas. São pessoas que perderam tudo em contraste das pessoas que desejam restaurar, ou então, salvar vidas.

Por incrível que pareça a proporção desse acidente. – Digo com total clareza, de quem trabalha em um órgão público federal de atuação científica e específica da área. Obviamente aquilo poderia ter sido evitado, pois estudos geológicos comprovam a eficácia do mapeamento de áreas de risco, inclusive, já estão sendo preparados os mapas de geo-diversidades estaduais. Assim será capaz de prevenir a habitação nessas zonas perigosas, assim como o desmatamento das encostas críticas. Mas há uma divergência de interesses públicos. Por que, justamente, através da ligação entre defesa civil, geólogos e população, a informação seria difundida e aplicada de maneira correta. Ou seja, a fim de se evitarem futuros desastres naturais.

A união de forças faria toda a diferença na proporção dessas conseqüências. Porém me frustra pensar que isso tudo começou ainda há alguns anos atrás. Naquela época, talvez não se pensasse em planejamento urbano, muito menos que esse desastre pudesse vir a se repetir. Quando ainda era 1983, o Estado de Santa Catarina desabou seu lixo pelas encostas e alagou as cidades próximas do rio principal. Porém, isso ocorreu há 26 anos, e depois, toda aquela população que havia subido para o alto dos morros com intuito de fugir das grandes enchentes, sofreu a calamidade da falta de estudos do solo - Uma chuvarada levou tudo abaixo. Foram famílias destituídas, casas despedaçadas, vidas perdidas. Não houve um aviso prévio sequer, os moradores não faziam idéia da necessidade de sair das casas. A defesa civil no princípio assistia aquilo tudo impotente.

Tendo em vista, que o pior já havia acontecido, as competências públicas resolveram se manifestar - Até o presidente do Brasil apareceu sobrevoando num helicóptero do exército as cidades mais atingidas. Era Blumenau com suas dezenas de desabrigados e Itajaí, com o maior número de mortos em todo o estado catarinense. Sobre isso já se falou demais...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Prazer

"Em primeiro lugar, uma vez que aquilo é bom, pode ser bom em dois sentidos (ser simplesmente bom, depende das pessoas), pois a natureza e as disposições do ser correspondem a movimentos e processos, igualmente distintos"

O que é mau, muitas vezes será absoluto, contudo não será considerado mau para determinadas pessoas. Isso é digno da escolha, pois certas ocasiões serão particulares (num curto período de tempo), e mesmo assim com ressalvas; outras apenas parecem ser, como por exemplo aquelas que envolvem o sofrimento e cujo fim é curativo (como nas pessoas enfêrmas).

No caráter, acidentalmente o outro é indicado pelo fato de algumas pessoas não apreciarem, quando sua natureza se encontra no estado normal. Os objetos agradáveis lhe causam prazer quando ela está sendo refeita.


Escreveu Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco"

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Testando...

O filme “Estamira”, do diretor e roteirista Marcos Prado, documenta a história de uma senhora de 63 anos, que vive e trabalha como catadora de lixo no aterro sanitário de Jardim Gramacho há mais de vinte anos. O documentário foi lançado em 2004, e desde então, ganhou 33 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Segundo depoimento de Marcos Prado, no site do próprio filme: “Foi num dia chuvoso de domingo, em 1994, que me veio à idéia de conhecer de perto o local onde era diariamente depositado o lixo que eu produzia em minha casa: o Lixão de Gramacho. Ali, eram despejados todos os dias 85% do lixo urbano produzido na cidade do Rio de Janeiro havia mais de 25 anos”.