terça-feira, 2 de junho de 2009

A culpa é de quem?

Qual a semelhança entre casos, como: o atropelamento de dois jovens em São Paulo; a queda de um avião com destino à França; e uma enxurrada d'água varrendo o estado do Piauí?
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Na busca pelo(s) culpado(s), o homem é capaz de perder episódios importantes da história, ou simplesmente pulá-las, indo direto para a conclusão do caso (indefinida). Se isso não puder ser utilizado de maneira positiva, de quê adiantaria influenciar as massas? Afinal, trata-se de vidas humanas...

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Uma investigação é a grande jogada da imprensa, em busca da atenção dos ouvintes ou telespectadores. Porém essa questão não deve ser abordada precocemente ou tardimente. Na verdade os jornalístas são capazes de investigar o caso de maneira ampla -Sem dar tiro no pé. Em busca do verdadeiro culpado das histórias, seja uma apuração bem feita, seja acompanhando da polícia, o profissional tem o compromisso com seu caráter para não agir injustamente.

Situações

Como no ocorrido em São Paulo, quando um alucinado matou dois adolescente. Neste caso, houve agilididade da parte dos políciais e, a imprensa transmitindo tudo, pois é de observação que vive o homem por de trás do bloco e da caneta. Nesta terça-feira, encontraram o nome do irresponsável, com seu carro estacionado na garagem do prédio onde mora. Satisfação!

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E no vôo da Air France, o avião acabou com a vida de famílias inteiras, em várias partes do mundo. Infelizmente...

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Já no Piauí a história se inverte a qualquer discurso favorável. Quando uma barragem não barra a água, e uma enxurrada d'água vaza sobre a população da cidade mais próxima. O resultado é catastrófico, mas o culpado obviamente existe - Afinal, trata-se de uma construção humana. E cadê o profissional que levantará - A culpa é de quem? Ou de quantos?

Um comentário:

Nara Boechat disse...

Acredito que os três casos são preocupantes e de cunho humano. O caso de São Paulo acredito que não temos que nem identificar e duvidar sobre a culpa, está óbvio no assassino que fez o que fez e sumiu depois.
No caso do voo da Air France, eu acredito que acidentes existem, mas não por acaso e sim pela falha humana. E deve-se achar o que ocorreu para não se repetir.
E, por fim, a tragédia no Piauí. É lamentável que as autoridades responsáveis tenham deixado os moradores voltarem ao lugar, mesmo não tendo a certeza de segurança. Neste caso, acho um abuso da inocência da pobreza das pessoas. Nesse é mais grave ainda, pois sabemos que os culpados não serão punidos.

Belo texto, Zeca.